sábado, dezembro 08, 2007

A (cura) de Schopenhauer


Não quero mais saber de Schopenhauer,
os pessimistas são derrotados,
Mesmo antes do prefácio.

Não quero saber de coisas tristes,
de gente ranzinza,
de mal com a vida.
Não preciso mais de Nietzsche,
porque eu tenho aprendido tanto...

Abro mão de pensar demais!
Pensar é errar

Troco a vã filosofia por uma garrafa de whisky...

Meu dicionário...


Não uso dicionário.

Meu dicionário,
é meu coração.

Não há palavra que ele desconheça,

Não há nenhuma

Que cause confusão.

E não importa o idioma ser
Inglês,
Espanhol,
Francês,
Russo,
Italiano...

O coração conhece,
entende,
fala,
responde,
escreve

E diz com exímia perfeição...

Por isso que eu não uso nenhum dicionário.

Meu dicionário não cabe
na minha mão...

Prossegue além da letra,
da palavra,
do significado
e da razão...

E não tem regras,
nem páginas,
nem índice,
nem letras,
nem pecado,
nem perdão...

Eu não preciso de dicionários turvos...

Meu dicionário é infelizmente ou felizmente,
meu coração...